O Telhado Ecológico




Muito se fala sobre as tais coberturas verdes, que mais parecem jardins suspensos. Mas por que elas ganham tantos adeptos? Para um sistema de fácil instalação e custo viável, o resultado surpreende e a lista de vantagens é extensa. Sobre a estrutura impermeabilizada do telhado ou da laje, colocam-se manta de proteção antirraízes, manta de retenção de nutrientes, terra adubada e plantas que exijam poucos cuidados em relação a água, poda e nutrição. "A camada de terra e vegetação funciona como um filtro de calor ou de frio, mantendo a casa fresca no verão e agradável no inverno", diz a arquiteta Karla Cunha, de São Paulo.

Esse conjunto barra ruídos que vêm de fora e ainda pode virar uma área de lazer, dependendo da inclinação da cobertura e do peso que suporta. Além dos benefícios para os moradores, o planeta sai lucrando, pois telhados verdes diminuem a concentração de calor nas grandes cidades e ajudam a reduzir os riscos de alagamento, já que a água da chuva escoa mais lentamente.

ABSORÇÃO DE ÁGUA
O telhado verde substitui parte do solo permeável ocupado pela casa. Assim, a drenagem da chuva acontece em ritmo lento, evitando enchentes em locais cobertos de asfalto, cimento ou piso cerâmico, que não absorvem a água.

SISTEMA MODULAR
É instalado sobre uma membrana de retenção de nutrientes e uma membrana antirraízes colocadas sobre o telhado ou a laje impermeabilizada. É vendido por empresas como Ecotelhado (veja método na ilustração), Instituto Cidade Jardim e Sky Garden a partir de R$ 90 o m2 colocado.

SISTEMA EM CAMADAS
O engenheiro calcula o peso que o telhado pode suportar. Então a equipe da obra monta a cobertura verde.

ARGILA EXPANDIDA
Oferece isolamento termoacústico em lajes impermeabilizadas. Na versão mais simples (ilustração acima), leva apenas brita e argila expandida. Mas pode incluir também areia, terra e plantas.


PLANTAS QUE VÃO BEM NA COBERTURA
• Grama-esmeralda (Zoysia japonica) Resistente ao pisoteio, é um dos tipos mais rústicos entre as gramíneas. Para que fique viçosa, depende de rega quando a chuva for insuficiente. Adubação semestral e poda periódica a mantêm homogênea.

• Grama-amendoim (Arachis repens) Proporciona forração densa, com flores amarelas em boa parte do ano. É mais indicada para áreas sem pisoteio, dispensa podas regulares e suporta períodos de seca, embora sofra com geadas.

• Carpete-dourado (Sedum acre) Espécie de suculenta (planta capaz de armazenar água) de baixo porte que sobrevive bem em solo raso e exige cuidados simples: dispensa poda, exige água e aguenta períodos de seca, mas não pisoteio.

• Echevéria (Echeveria glauca) Rústica como toda a família das suculentas, pode ser tratada como a carpete-dourado, com regas apenas em caso de seca prolongada, sem exigir poda. Pede adubação semestral e não resiste a pisoteio.

• Cacto-margarida (Lampranthus productus) A planta rasteira da família das suculentas floresce durante a primavera e o verão. Encara o clima frio, mas não o pisoteio. Exige água apenas nos dias mais secos e adubação semestral.

• Azulzinha (Evolvulus glomeratus) Essa espécie rasteira, com flores pequenas que duram quase o ano todo, não suporta pisoteio nem temperaturas baixas. Requer podas esporádicas e regas frequentes para manter flores e folhas viçosas.

Fonte: terraesaude.blogspot.com

2 Comentários

  1. Muito legal é de iniciativas como essa que o Planeta precisa

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  2. Acontece que para se fazer essas coisas tudo é carissimo, aliaz, tudo que é ecologico ainda é muito caro. Estarei construindo uma casa no interior de Pernambuco e gostaria de fazer um telhado ecologico com uma horta e jardim mas, sò para empermeabilizar o telhado ... é uma despesa bem grande, nao é pra quem quer, é pra quem pode.
    Diana Miranda

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