Falando de Sustentabilidade no Varejo
Por Julianna Antunes
Quando a gente fala de sustentabilidade na indústria, falamos do conceito atrelado ao planejamento estratégico, é claro, mas falamos também de fortes impactos sociais e ambientais por conta da produção e dos subprocessos atrelados ao supply chain. No entanto, quando falamos das empresas de varejo, a perspectiva é outra, já que ela não lida com a questão da produção.
Por mais que a indústria seja a responsável pela marca, pelo marketing e pela comunicação com o consumidor final, o cliente dela é o atacado. Uma Unilever, uma Ambev, uma Coca-Cola da vida não faz a chamada venda B2C.
Quem vende para o público em geral é o varejo. Ok, vocês podem falar que muitas empresas de varejo estão lançando marcas próprias. Concordo, mas elas não produzem, não têm fábrica nem nada, apenas delegam a terceiros a função. Então pensemos: se o produto ou a produção não é de responsabilidade de uma empresa varejista e, consequentemente, os impactos atrelados, pergunto: o que seria, então, a sustentabilidade neste segmento? Antes de responder essa pergunta, é preciso ressaltar a importância do varejo na geração de conhecimento sobre hábitos de compra e como isso pode auxiliar na hora de uma empresa calcular o ROI. Traduzindo: é no momento da compra que é possível ver a efetividade das campanhas de conscientização das empresas e de instituições como o Akatu no que se refere a consumo responsável.
Isso sem contar na possibilidade de enxergar o gap entre intenção e a efetiva ação do consumidor quando ele diz que privilegia marcas que praticam a sustentabilidade. Pois bem, além das informações geradas, podemos esperar dos varejistas uma série de ações inerentes a qualquer empresa, independente do segmento, como consumo racional de recursos naturais, voluntariado corporativo, relatório de sustentabilidade etc.
No entanto, um dos principais pontos do varejo sustentável, e que ainda está anos-luz de ser realmente praticado no Brasil, é a comunicação transparente, responsável e sustentável (um baita desafio, já que, por exemplo, toda a disposição de um supermercado é feita para que o consumidor seja estimulado a comprar mais). Além dessas soluções óbvias, a sustentabilidade no varejo envolve também outras questões tão importantes quanto estratégicas para o segmento. Ações voltadas para o ecodesign, logística e seus desdobramentos, comércio justo, negociação com fornecedores e adoção de critérios de sustentabilidade no relacionamento com eles devem fazer parte do dia-a-dia das empresas que vendem para o grande público.
E para finalizar, não se pode deixar de mencionar que ainda que a comunicação das qualidades do produto não esteja no seu escopo, a maior vantagem que o varejo tem para a prática de sustentabilidade é a proximidade com o consumidor. Isso permite a mobilização da sociedade em torno de questões relevantes, como campanhas de uso racional de sacolas plásticas e criação de estações de reciclagem. Grandes redes como Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar abraçaram de vez a causa, sem contar que foi desse movimento que nasceu a ecobag, uma moda que veio para ficar. Julianna Antunes é Jornalista, corredora de alto rendimento físico e baixo rendimento financeiro, pós-graduada em responsabilidade social empresarial e diretora da Agência de Sustentabilidade, consultoria estratégica de elaboração e implementação de projetos de sustentabilidade.
E-mail para contato: sustentabilidade@sustentabilidadecorporativa.com - www.agenciadesustentabilidade.com.br - Blog:
www.sustentabilidadecorporativa.com - Twitter: @sustentabilizar
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Por mais que a indústria seja a responsável pela marca, pelo marketing e pela comunicação com o consumidor final, o cliente dela é o atacado. Uma Unilever, uma Ambev, uma Coca-Cola da vida não faz a chamada venda B2C.
Quem vende para o público em geral é o varejo. Ok, vocês podem falar que muitas empresas de varejo estão lançando marcas próprias. Concordo, mas elas não produzem, não têm fábrica nem nada, apenas delegam a terceiros a função. Então pensemos: se o produto ou a produção não é de responsabilidade de uma empresa varejista e, consequentemente, os impactos atrelados, pergunto: o que seria, então, a sustentabilidade neste segmento? Antes de responder essa pergunta, é preciso ressaltar a importância do varejo na geração de conhecimento sobre hábitos de compra e como isso pode auxiliar na hora de uma empresa calcular o ROI. Traduzindo: é no momento da compra que é possível ver a efetividade das campanhas de conscientização das empresas e de instituições como o Akatu no que se refere a consumo responsável.
Isso sem contar na possibilidade de enxergar o gap entre intenção e a efetiva ação do consumidor quando ele diz que privilegia marcas que praticam a sustentabilidade. Pois bem, além das informações geradas, podemos esperar dos varejistas uma série de ações inerentes a qualquer empresa, independente do segmento, como consumo racional de recursos naturais, voluntariado corporativo, relatório de sustentabilidade etc.
No entanto, um dos principais pontos do varejo sustentável, e que ainda está anos-luz de ser realmente praticado no Brasil, é a comunicação transparente, responsável e sustentável (um baita desafio, já que, por exemplo, toda a disposição de um supermercado é feita para que o consumidor seja estimulado a comprar mais). Além dessas soluções óbvias, a sustentabilidade no varejo envolve também outras questões tão importantes quanto estratégicas para o segmento. Ações voltadas para o ecodesign, logística e seus desdobramentos, comércio justo, negociação com fornecedores e adoção de critérios de sustentabilidade no relacionamento com eles devem fazer parte do dia-a-dia das empresas que vendem para o grande público.
E para finalizar, não se pode deixar de mencionar que ainda que a comunicação das qualidades do produto não esteja no seu escopo, a maior vantagem que o varejo tem para a prática de sustentabilidade é a proximidade com o consumidor. Isso permite a mobilização da sociedade em torno de questões relevantes, como campanhas de uso racional de sacolas plásticas e criação de estações de reciclagem. Grandes redes como Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar abraçaram de vez a causa, sem contar que foi desse movimento que nasceu a ecobag, uma moda que veio para ficar. Julianna Antunes é Jornalista, corredora de alto rendimento físico e baixo rendimento financeiro, pós-graduada em responsabilidade social empresarial e diretora da Agência de Sustentabilidade, consultoria estratégica de elaboração e implementação de projetos de sustentabilidade.
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