Programa de Simbiose Industrial é realidade em Minas

Desde agosto de 2010 foi sancionado no Brasil uma lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e prevê destinação correta do lixo. Mas em Minas, a região Centro-Oeste saiu na frente e desde abril de 2009 implanta na região o Programa de Simbiose Industrial. Com o programa, mais de 180 empresas deixaram de descartar o lixo produzido de forma errada no meio ambiente.

Nas fábricas o ritmo de trabalho é intenso e o volume de produção grande. A empresária Vera Lúcia Pulheis Castro é proprietária de uma fábrica onde são feitas, em média, 16 mil peças de jeans. No setor de corte e facção é descartada mais de uma tonelada de retalhos por mês. “Nós sabemos que a produção do jeans é muito prejudicial ao meio ambiente por causa da química usada no produto”, afirma Vera Lúcia, que admite que antes do programa o material era jogado no lixo comum e poluía o meio ambiente.

Em apenas um ano e meio de atuação do Simbiose Industrial a realidade das 35 confecções da cidade, que geram juntas dez toneladas de resíduos por mês, mudou e as sobras dos trabalhos passaram a ser encaminhadas para reciclagem.


Todos os resíduos que saem das confecções de Formiga são encaminhados para uma empresa em São Paulo, que produz manta acústica. Depois de pronto, o produto volta para Minas para ser utilizado no revestimento dos veículos de uma montadora.

Redução de custos e menos emissão de passivos na natureza é o resultado do Programa Simbiose Industrial que já é realidade em 180 empresas do Centro-Oeste mineiro.

Em uma indústria de cosméticos em Divinópolis são fabricados cerca de três milhões de vidros acetonas por mês. A produção é informatizada, mas existem perdas. Por isso, há quase dois anos a sobra é reaproveitada. Quem recebe as sobras do produto é uma indústria de tintas da cidade onde 10% da matéria prima usada na fabricação vêm gratuitamente de outras empresas.

Em 18 meses de programa, 95 mil toneladas de resíduos deixaram de ser despejados em aterros industriais e sanitários. A iniciativa, que no Brasil foi pioneira no Centro-Oeste mineiro, será implantada no Sul de Minas e em outros quatro estados do país.

Produtos químicos, retalhos de tecidos: o que era lixo, agora, é reaproveitado. Exemplo de sustentabilidade.

Fonte: Megaminas.com


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